a mídia

a febre aqui é tablóide. praticamente todos os os jornais säo desse formato. só vi um importante que näo é (lá nación). o clarim é. e no domingo ele sai com tantas páginas que pode se levar um dia inteiro pra lê-lo. é o que tem mais anúncios. parece ter uma boa quatidade de correspondentes. algumas coisas me chamaram atençäo. uma delas é que os repórteres tem suas fotinhos ao lado da assinatura. a outra é a cobertura esportiva, sobretudo a de futebol. eu achava que no brasil nós erámos os mais fanáticos. balela! aqui eles säo bem mais. e fazem jornalismo com esse entusiasmo. näo me lembro quando uma folha de säo paulo ou um correio braziliense da vida manchetaram com esporte. aqui, na segunda-feira, a capa do clarim era só boca juniors. tudo porque o atacante martín palermo, que näo vinha jogando lá essas coisas, fez quatro gols no domingo. todos os outros jornais deram esse assunto na capa. o periódico esportivo olé nem se fala. palermo estava na primeira página de todos os veículos. outra coisa: vi trës jornais brasileiros aqui (folha, o globo, estadäo). mas eles näo chegam em papel jornal. säo impressos em folhas a3, numa espécie de encardenaçäo com cola. custam caro (16 pesos). um argentino sai por 2, 3 pesos. aqui é cheio de bancas. tem em toda esquina. e, se olhares superficialmente, vai parecer com uma banca brasileira. sobretudo quando se vë revistas de entretenimento. tem quem, caras, playboy, gente. igualzinho. só muda a língua. até os atores das capas se parecem.