quinta-feira, 16 de outubro de 2008

que coração que nada...

outro dia me falavam desses assuntos de coração. desde quando o mundo virou mundo que as pessoas se ocupam do tema. besteira. nunca se resolve nada. ninguém muda ninguém. quem sofre por um (a), sofrerá por mil. como se fosse a primeira vez...

voltei para ir embora

já não sou o blogueiro de outrora. hoje, passo mais tempo escrevendo o que não interessa do que essas baboseiras aqui, que lendo anos mais tarde, podem falar muito de um momento importante. como entrei de férias e me fantasiei fielmente de um desocupado, resolvi voltar a escreve neste espaço. enchendo as janelas dessas máquinas de maluquices inigualáveis. voltei. mas não para ficar.

terça-feira, 1 de julho de 2008

preto no branco

- ei, pequena. já foi mais fácil te entender.
- é porque hoje não sinto nada. e nem você.
- acertou. mas tu podia ter errado no começo. talvez tudo estivesse certo hoje.
- ninguém acerta errando.
- aí que você se engana. acertar é o maior erro de um relacionamento.
- e que relacionamento é o nosso?
- é assim: eu acerto, você acerta. eu erro, você erra.
- então é como deve ser.
- nada disso. assim fica tudo muito igual. não tem contraponto. eu preciso errar com você acertando. isso causa um desequilíbrio, uma insegurança. é o que move o relacionamento. a insegurança! desperta curiosidade, vontade e aproxima.
- você é louco!
- só um pouquinho...

escolheu a escuridão

era madrugada. embora parecesse dia,
tua mão faz poesia, com um cordão dependurado.
um quinhão desamassado, com um verso bem seguro,
conta um fato absurdo, pra espantar a nostalgia.

conta que na calada do dia, sem que estivesse apaixonado,
fizeste a maior loucura, que ainda o pior dos pecados duvida.
puseste a mão na ferida e esqueceste do curado, que não lhe mantinha esquecida.
escolheu morrer em vida, pra não parecer que podia e nem ter de dar recado.

morreu pensando na vida.
morreu lambuzado, pelo mel da ferida.
aquilo tudo parecia iluminado.
mas era madrugada, embora parecesse dia.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

caetando 1

os livros são objetos transcendentes
mas podemos amá-los do amor táctil
que votamos aos maços de cigarro
domá-los, cultivá-los em aquários
em entandes, gaiolas em fogueiras
ou lançá-los pra fora da janela
(talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
ou - o que é muito pior - por odiarmo-los
podemos simplesmente escrever um...

caetano veloso

caetando 2

vem, eu vou a mão no teu quadril
multiplicar-te os pés por muitos mil
fita o céu, roda!

caetano veloso

unilateralismo

- ei, você já conversou sobre ditadura com um militar?
- não. mas com a filha de um já.
- e ai?
- e ai que não dá pra conversar...

domingo, 29 de junho de 2008

lição de casa

- e ai, como é que cê foi no teste do bafômetro?
- fui bem! tirei 10!
- porra! é mesmo?
- sério... bebi pra caralho..

significados de uma tragédia

paixão, carinho, amizade, desilusão, abuso, asco. tudo nessa ordem. é quando o que parece amor fica chato. quando o certo fica errado. e o incerto é o único traço no meio do caminho...

tortuosos caminhos

- e ai, como foi ontem?
- mais ou menos. ele não estava lá.
- e não tinham outros?
- tinham. mas sabe como é. ninguém é como eu quero
- mas todo mundo é alguém. e o único que você quer é uma pedra no sapato.
- eu sei. que dói e incomoda. você já falou, amiga...
- e o que tu pretende fazer?
- sei lá. mudar de vida, ir embora...
- ai você vai tirar o sapato, quando o mais fácil é tirar a pedra.
- com sapato ou com pedra, eu não saberei aonde andar.
- vai pelo caminho mais fácil. assim você não corre o risco de conseguir outra pedra pra entrar no seu sapato.

quem sabe o quê?

- a psicologia é como o que?
- sei lá. nem os psicólogos sabem. e até hoje estudam para entender...

ponto final

- qual a teoria do amor?
- a mesma do caos. com tragédia no final...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

tchau

não me chama, nem me implora. eu vou embora...

ânsia

se teu beijo fosse doce, engordava
e teu abraço uma corda, me amarrava
mas se teu cheiro fosse alho, vomitava

segunda-feira, 21 de abril de 2008

impaciência

o caso isabella me fez lembrar um trecho de paciência, de lenine:

"enquanto todo mundo espera a cura do mal
e a loucura finge que isso tudo é normal
eu finjo ter paciência"

segunda-feira, 24 de março de 2008

simples assim?

se algum dia tiveres a vida que pediu a Deus, comemore! nesse dia terás também a coragem de parar de pedir a Deus e fazer sua vida...

apareça!

- ei, pequenina, tu sabias que quem não é visto não é lembrado?
- sabia, claro!
- ainda bem. porque eu tinha esquecido...

fora de si...

Depois de tanto tempo, acho que ninguém mais vem por aqui...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

na praia...

sou só sal e céu...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

tentativa

penso! mas é difícil achar uma poesia que combine com você
é difícil porque você nem sempre vê que me acho distraído
sempre pensou que eu tenho ido me perder
sem me preocupar com os nossos sentidos

dica de livro

1808
como uma rainha louca, um prícipe medroso e uma corte corrupta enganaram napoleão e mudaram a história de portugal e do brasil.

de Laurentino Gomes

olhares I

Olhe nos meus olhos.
E diga o que você
Vê quando eles vêem
Que você me vê?

Nando Reis

olhares II

me olha que te vejo me vendo até você cegar...

dedicação

- e ai, o que cê vai fazer hoje?
- vou ligar pra ela pra ver o que ela faz da minha vida.

domingo, 20 de janeiro de 2008

temporal

Queria mais esse amor
Ouvi o som, escrevi o tom
Disse esse amor é meu!

Queria menos essa dor
Perdi amor, encontrei torpor
Disse: ainda vou ser teu!

Queria que fosse assim
Simples como o vôo de um querubim
Como um anão de jardim!

Palavras ditas ao vento
Desejo virando tormento
Conclusões de um único sentimento:
Ser teu pelo resto do tempo!

poema escrito por Rômulo Estrela

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

márgrimas

você chorou um peixe. nunca vi ninguém chorar assim...

poeme-se I

tá bom! sou a favor do amor.
mas com uma ressalva:
que ele só sofra de dor...

poeme-se II

é uma ligação imperfeita
quando eu caio
ela se deita!

poeme-se III

não briga, princesa
você é só beleza.
e meu coração é só seu
é a lei da natureza...

linguiça

seu lado mais forte é o mais escondido que tu tens, pequena.
seu cinza é mais degradê quando ninguém mais quer ver...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

pras bandas de lá

a música mais tocada do nordeste:

Se eu te pego do meu jeito
Do jeito que eu to afim:
É tchan, tchan, tchan, tchantchantchan
Tchan, tchan, tchan
quero ouvir seu fungadinho.

Se você disser que sim,
Vem, vem meu gordinho
É tome, tome, tome
Tome, tome, tome
É tome, tome, tome
Tome amor sua danadinha

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

anti-marinhêêêiro*

- ei, sou teu amigo, rapá! quer um pouco de sensibilidade?
- não. esse negócio de sensibilidade é coisa de viado. eu quero é uma cerveja...

* essa foi pro meu amigo pópus!!

domingo, 13 de janeiro de 2008

trivial

o amor só é ruim pra quem ama...

gritos!

a saudade é virtual! a presença é carnal! a ausência é meu quintal...

máscara

a mentira é quem posta neste blog...

desinformação

a tua cama é tão desconhecida quanto a gravidade da minha ferida...

viagem

sempre que publico,
me intrigo com o que digo.
se minto, não sei.
se vivo, talvez.
se penso,
só de vez em quando.

complicação

não parece ser.
mas, eu, sou mais você...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

metáfora

namoro é como carro sem bateria. quando acaba, empurra que ele ainda pega no tranco algumas vezes. mas não demora muito e a bateria acaba de vez. ai só trocando...

evangelização

- você precisa se entregar a Deus.
- me entregar?
- é. se converter. seguir a palavra.
- e por que eu faria isso?
- porque Ele me disse que deveria ser assim.
- te disse como? por e-mail?
- não, né!
- por orkut?
- esquece...