o infiltrado

Em meio a inúmeras pessoas, avistei um malabaris. Ele ficava num gramado, um pouco afastado do tumulto da festa. Com chapéu de palhaço e olhar de drogado, jogava três bolinhas para o alto. O objetivo era passar de mão em mão sem deixar cair nenhuma. Mas ele não acertava. Deixava cair todas. Fiquei ressabiado. Aquele malabaris é muito ruim, pensava. No outro dia, fazendo o balanço da festa, obtive a seguinte conclusão sobre o homem vestido de palhaço: ele não era malabaris coisa nenhuma. Era um traficante disfarçado. E, pra completar, era boliviano, o safado!