quinta-feira, 12 de julho de 2007

de longe...

querida mamãe,
quero dizer que aqui nos estates está massa. ontem fui num lugar todo iluminado, não me lembro bem como é. só sei que tinha uma luz grande no meio e era uma bifurcação. um negócio de doido, mãezinha. vi uns malucos com uma sonzeira no ombro, fazendo uns passos loucos e outros parados, sem se mexer, com a cara pintada. não entendo o que esse povo fala. mas parecem se divertir pá porra. olha, uns colegas aqui me deram um remédio. eu tomei achando que era igual esses engoves que a gente toma ai, né? só que fiquei pulando junto com esses malucos que te disse. depois, ficou só eu e o julio, um cara daí que mora aqui, um cara legal que anda distribuindo os negócios na esquina. ele diz que o povo gosta é de beber e de remédio. e o cara consegue ganhar um montam de dinheiro com isso, tu acredita, mãe? pois é, ai ele me levou num bar que tinha uma moto pindurada. eles chamam de "ralêy" alguma coisa. eu achei aquilo bonito e fiquei admirando a moto. mas comecei a achar que ela ia cair em cima de mim. me desequilibrei e espatifei no chão. ai, vieram uns caras fortão numa moto e levaram a gente. julio não fala mais comigo. nem sei onde ele tá. acho que tá preso ainda. agora eu tô na rua. quero encontrar ele. lá onde levaram a gente é bem melhor do que na rua. uma hora eu acho. beijo, mãe. qualquer dia te mando um postal aqui dos estates...

2 comentários:

Paulinho Mesquita disse...

mutcho loco, bicho!

Anônimo disse...

minha mãe se matava...
certeza...
abraço.